sexta-feira, 1 de junho de 2018

I should've done this b4

 Apenas com a pratica se faz progresso, diria minha professora de canto. Entao aqui estou eu a tentar mais uma vez escrever este/neste blog.
Hoje para tentar contar o inicio de uma historia...
Este é o meu lar doce tiny lar na pequena cidade de Wanaka, onde moro há quase 3 anos.


Há exatos 3 anos e 2 meses, eu cheguei aqui onde tambem chamam de Aotearoa.
A gente se acostuma com tudo nessa vida e às vezes take things for granted. Ultimamente tenho pensado em como eu preciso voltar a tomar as rédeas do meu destino, assim como o fiz no momento em que decidi que viria para cá. E novamente ver a beleza e o privilégio que é viver onde vivo. Não apenas pela idealização que tinha do lugar, mas principalmente pelas mudanças (super benéficas para mim) que a vinda para cá trouxe para a minha pessoa. Vi tanto, aprendi tanto... A mais concreta das aprendizagens, no entanto,
é que você é dono de seu próprio destino. E como tal, um novo momento começa para mim. Mark my words :)
Bom, mas voltando à historia...
Eu sempre tive uma inquietação tremenda na vida. Ficava entediada facilmente ou inconformada com as coisas, com o estilo de vida filho da p*** que as pessoas levam na cidade grande onde cresci - São Paulo - eu sempre achei que deveria haver algo diferente daquilo.  Não que eu também não tenha tido bons momentos lá, mas como alguém de uma família simples, que nunca tinha viajado para outros países, eu queria ver outras cultural, outros lugares. Essa secreta inquietacão comecou desde quando antes do ensino médio eu lia livros de Literatura para conhecer outras realidades, ou quando aos 14 anos decidi estudar francês e sonhar que alguns dia conheceria o estereotipado glamour da França . Passada a adolescencia, escolhi o curso de Letras na universidade para dominar uma lingua que me permitisse comunicar com outros povo, o Ingles (e, claro, por um amor por poesia), a vida me trouxe para uma carreira na àrea do Turismo, e pouco a pouco vi aquele singelo sonho mais próximo do mundo real.

 Minha irmã pra meados de 2013(?) começou a namorar um jogador de futebol. Ele foi convidado para jogar aqui na NZ. Foi dai a primeira vez, creio, que comecei a pensar na Nova Zelândia. Antes só sabia que era um país cujo Ingles era língua e onde havia sido gravado O Senhor dos Anéis.
Ele veio, jogou uma temporada, minha irmã veio visitá-lo edepois ele voltou para o Brasil.
Em sua estadia aqui ele fez amigos, que, não muito depois de seu retorno, visitaram nossa homeland por conta do advento do evento Copa do Mundo de 2014.

Os seis garotos que por alguns dias compartilharam seu tempo, divertidas refeições e risadas com minha família, amigos e vizinhos eram tão educados, modestos, honestos e amigáveis que instigaram minha curiosidade por este povo e estas terras...

Como não quero fazer um post muito longo, vou continuar a história  de como comprei uma passagem para um país distante sem visto e sem a menor ideia de como seria num novo post.

To be continued...muito em breve

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Quem e voce?Constantemente estamos a procura de nos mesmos... o que nos agrada, o que nos define, para onde devemos ir. Mas seria essa procura a mesma, se nao soubessemos de onde viemos?Grandes filosofos, eu sei, discutiram e ainda discutem nossa real origem...No entanto, quando se ouve a pergunta "Where are you from?" certamente ela esta relacionada ao lugar de onde viemos, onde esta nossa familia...



Tenho duas declaracoes a fazer: vinho te faz reflexivo e os acasos acontecem em momentos certos...

Tendo eu saido do trabalho antes das 16h, sensivel e enfastiada que estava, decidi assistir a sessao das 17h de um filme que estava ja considerando assistir: Lion.
Da minha paixao pelo pequeno cinema da minha pequena cidade (onde se pode apreciar uma - ou mais - tacas de vinho e ainda um break durante a sessao) e minha curiosidade em ver o novo filme do ator que foi protagonista de muitas engracadas memorias da minha juventude - acerca de um tal namorado que se parecia com o Jamal Malik de Quem Quer Ser Um Milionario? (E claro as falas "de que viveremos de amor haha) - veio minha decisao de ao Lion assistir.
Mais "envolvente" do que minha pretensao de assistir a Moana e unir o agradavel ao util tema de falar de cultura aqui desse lado do mundo pelos meus olhos de brasileira, mostrou-se a ideia de ver este filme que fala da questao da origem e adocao.
Certamente nao tenho intencao de escrever uma resenha do filme, ate porque esse nao e meu forte. Todavia, entre as lagrimas e sorrisos que o filme me trouxe, a impressao de que aquele menino teria sido feliz, ainda que tivesse vivido toda sua vida no pobre vilarejo onde nasceu, foi o que mais me marcou.
A familia que o adotou indubitavelmente ofereceu a ele uma melhor qualidade de vida. Mas alem da questao das necessidades basicas para a sobrevivencia que nao sao atendidas para alguns milhoes de pessoas em paises como a India, ou o meu pais, nada faz de paises mais desenvolvidos - como a Australia do filme, a Nova Zelandia onde vivo ou qualquer outro pais do Velho Mundo - melhores do que o Home Country de qualquer pessoa. Pois la esta sua raiz, sua familia, quem se e.
Para alem da tematica do filme, apenas apos viver aqui por um tempo, posso dizer que a busca de identidade e constante quando se esta longe de casa. Busca-se a integracao, mas me parece que acabo sempre me unindo ao grupo dos outros estrangeiros.

E este post foi iniciado em Janeiro... e agora outubro, apos uma ida pra casa e certo tempo lutando para se enquadrar, e a perda da linha de raciocinio; eu fico com a pergunta: "Qual e a origem dos cidadaos do mundo?" Pois casa ja nao e mais casa e ca nunca sera como la...


domingo, 1 de janeiro de 2017

Srečno novo leto!

Acredito que a mais enriquecedora das experiencias, de quando se muda do Brasil para onde que quer seja, é a possibilidade de conhecer pessoas de diferentes culturas. Nao apenas aquela do pais que se visita, mas a de todos os outros viajantes que se encontra pelo caminho.
Falo isso, pois, pelo menos para mim, essa oportunidade sempre foi um pouco limitada ao contato que tinha com estrangeiros no meu trabalho como agente de viagens. E isso porque eu morava em Sao Paulo!

Aqui na Nova Zelandia pode-se dizer que todo mundo é estrangeiro, com excecao apenas dos Maori que aqui ja viviam ha centenas de anos (certo que eles migraram para ca vindos de algumas ilhas do Pacifico... mas isso e capitulo para outra historia).

A maioria dos cidadaos daqui tem descendencia europeia, sobretudo do Reino Unido. Mas ha ainda um grande numero de pessoas de diversos outros lugares que vem para passear, ou vem com a intencao de aqui viver, ou aqueles que vem para olhar e acabam ficando, como foi meu caso.

Nesse mosaico de culturas, eu conheci uma que me fez apaixonar (literalmente): a Eslovena. Com ela veio meu amado Martin e meu desafio para a vida: a aprendizagem do idioma Esloveno.

Com ele vieram amaveis amigos. Um de cada canto do mundo.

E na ultima noite de 2016, todos vieram para a nossa casa, onde tivemos a mais calorosa das noites dos meus ultimos anos (visto que Natal e Ano Novo aqui nao parecem tao importantes quanto sao la onde canta o sabiá). 

A coisa mais interessante que aprendi nesta NYE veio do nosso amigo da Irlanda do Norte. Ele nos contou que apos "a virada", em seu pais natal, as pessoas cantam o hino nacional.

Entao tivemos a sessao "Cante o Hino". 
Ter quatro eslovenos na sua casa cantando o respectivo hino é algo tocante. Mas nada foi mais bonito do que ouvir o hino da Nova Zelandia em Maori.



Eu gostaria muito que o Hino Nacional Brasileiro tivesse a versao Tupi...
E eu queria que todo mundo no Brasil tivesse a oportunidade de entender quao valiosa nossa propria cultura é, para que nos possamos levar nosso orgulho nacional para onde quer que formos e possamos expressa-lo em qualquer lingua que aprendamos.



Feliz Ano Novo, Happy New Year, Srečno Novo Leto, Tau Hou oaoa!


quinta-feira, 22 de dezembro de 2016


Kia Ora, Brasil!

Desde que descobri minha inclinacao pela leitura tenho desejo de criar um blog interessante. No entanto, esse adjetivo e muito amplo e subjetivo. 
O que e de fato interessante? Logicamente, voce dira, depende do leitor. 
Anos atras decidir criar um blog para reunir os poemas que ia encontrando pelo caminho e se tornavam meus favoritos ( http://meulivrodepoesia.blogspot.com). Criei varios outros que deletei.
Costumava ler pela internet blogs acerca de diversos temas. Recentemente, tenho acompanhado o blog de uma moca canadense que mora na Eslovenia (https://annainslovenia.wordpress.com/) e tambem o do meu amigo Thales Salgado, que escreve sobre suas proprias composicoes  musicais, de artistas dos quais gosta e tambem a respeito de shows que assiste (blog do qual deveria participar como colaboradora hehe. Mas nao se preocupe, menino Thales. O momento chegou. - http://fmodestia.blogspot.com/)

Acredito que este blog foi criado em 2015, antes da minha mudanca para a Nova Zelandia. 
O nome tambem foi criado nesse mesmo periodo, quando pensei em (como a maioria dos intercambistas) criar um blog para registrar toda essa experiencia.
A verdade e que quando se muda para um novo pais, a adaptacao leva um tempo e fica-se tao encantado com todos os lugares, informacoes e nova cultura que, honestamente, nao sobra tempo pra registrar muito.
Apos quase dois anos aqui, minha irma me deu a ideia de criar um vlog, dizendo que muitas pessoas se interessariam em saber detalhes daqui, lugares ou simplesmente coisas normais que as pessoas fazem. 
Creio que ha muitos sites, blogs e videos assim , falando a respeito deste pais. 
Embora minha vinda para a Nova Zelandia tenha sido uma das maiores mudancas da minha vida, meu intuito com este blog e falar de coisas do cotidiano, temas que me interessam, como literatura, linguas etc. E logicamente tudo isso vai ser um pouco permeado pela minha cultura brasileira e minha vida aqui.
Por isso acho que, nesse momento, o nome ate que parece apropriado: esse blog sera o meu "Alo" da Nova Zelandia para o Brasil.


Cheers!